Luís Ledo é um reconhecido empreendedor do sector imobiliário da área do barlavento algarvio e o seu grande ponto forte está na capacidade que tem de perceber onde existe uma oportunidade de negócio. Uma visão infalível.
Célia Real, verdadeira como o nome, é uma mulher que há oito anos deixou o frenesim de Lisboa para assistir ao raiar do sol na vila de Sagres. Um coração cheio.
Sem ainda se conhecerem, ambos partilhavam duma vontade que mais tarde se viria a revelar no encaixe perfeito. Luís queria fazer nascer um espaço de comércio em Lagos, onde recentemente começou a perceber haver uma situação de mercado cooperante; Célia via a paixão pelo artesanato e todas as coisas que saem das mãos como uma coisa que devia ser explorada e dada a conhecer a um público sedento de história, cultura e tradição.
Por intermédio de uma amiga que lhes é comum, o Luís e a Célia conheceram-se em Março de 2014 e logo perceberam haver um entendimento muito grande quanto às vontades de negócio. A conclusão desse clique inicial foi a de que 50% do trabalho já estava feito, uma vez que a solução para a vertente humana do projecto estava encontrada.
O próximo passo era evidente: encontrar o espaço ideal, para poder avançar com a concretização dum sonho ainda meio abstracto. De qualquer forma, meio caminho estava percorrido.
Um dos requisitos obrigatórios foi sempre o da localização no centro histórico. Num curto período de tempo, surge um espaço que não só está localizado na zona histórica de Lagos, como também faz parte duma área de intermediação de pontos de grande interesse cultural. Antiga igreja do compromisso marítimo de Lagos e, mais tarde, quartel dos bombeiros durante aproximadamente cinquenta e quatro anos, o edifício encontrado assume agora a identidade de um espaço para comércio e divulgação da cultura portuguesa, com uma qualidade de produtos elevadíssima, histórias ricas para contar e variadas experiências das que ficam e dificilmente se esquecem. O Mar d’Estórias passou do sonho para a ideia, da ideia para a realidade e da realidade passa a ir na memória e na “saudade” dos nossos clientes, que são eles próprios sujeitos centrais no projecto.