A arte de trabalhar os recursos oferecidos pela natureza e transformá-los em objectos é uma das heranças mais significativas dos povos.
As fibras vegetais, como o junco, constituíram um dos primeiros recursos naturais ao alcance de todos. Em Portugal, esta tradição da apanha manual do junco tem lugar nos meses estivais, com o auxílio de uma faca, junto à terra alagadiça ou arrancado pela raíz. Lava-se e aparam-se as pontas para ficar a secar à sombra, pois só é estendido ao sol quando começa a ficar amarelado. É, posteriormente, batido e espalmado para ficar macio. Nesta fase, finalmente, o junco é tingido de cores garridas e manuseado durante horas de minucia para transformar os finos caules em objectos, tais como malas e estojos que nascem da tradição, mas que, nos dias de hoje, têm um cunho contemporâneo dos nossos parceiros da Victoria Handmade. Este projecto de 3 gerações que constituem a Victoria Handmade reflecte, não só a preservação dos costumes Portugueses, mas apresenta um conceito natura na aposta da valorização dos artigos de forma sustentável e de qualidade. É, por isso, que o Mar d’Estórias, na preocupação com a curadoria dos produtos, se orgulha em ter esta marca representada na sua loja, porque desde a preparação do junco até ao tecer em tear manual, prima pelos padrões tradicionais e resulta numa valorização do que é Português, apresentando peças de artesanato diferentes, inovadoras e extremamente contemporâneas. Com a Victoria Handmade o tradicional é com certeza também contemporâneo.